Amanhã fará uma semana do início da Copa, jogadores franceses se preparam para arrumar as malas - e terminam o campeonato de buraco no salão de jogos antes de fazer o check out do hotel cinco estrelas -, ingleses se apressam para esvaziar o estoque do frigobar com medo de ter o mesmo destino e, apesar de tudo isso, as atenções de Brasil e Argentina continuam voltadas para definir quem se sacaneará por último.
A troca de farpas vem de desde sei lá quando. É um tal de Verón dizendo que os brasileiros só sabem brincar em campo e de Luis Fabiano respondendo que argentino é tudo amargurado, que a imprensa quase esqueceu de falar da Jabulani. Enfim, quase um "hey boludo", "coméquié fica na moral aí ô do mullets" sob o olhar das câmeras.
O último capítulo foi o não-pedido de desculpas a Pelé. Tá certo, dúvido que o Pelé se importe com 90% do que fala o Pibe Maradona, quanto mais quando o argentino tenta se desdizer, de todo modo, vale acompanhar as ações do treinador da Argentina. Até aqui, o corinho de "iééé" mais encorpado ecoou por uma gozação maradonística.
Estreia dos argentinos, pressão forte e não seria a, como direi, experiente seleção nigeriana que iria segurar os hermanos. Heinze marca o gol da vitória no início da partida, logo aos seis minutos do primeiro tempo. No banco, um eufórico Maradona convenientemente esbanjando um requebrado que faria o Pelourinho lotado parar para coreografar seus movimentos.
A mensagem foi clara e em tom de desafio "Podemos superá-los também no remelexo". O destinatório, como não poderia deixar de ser, era Robinho, famoso pelas dancinhas pouco memorável e um tanto quanto embaraçosas.
Pois é, amigo, Maradona foi a fundo e sacaneou o Brasil em seu ponto mais frágil. Resta ser otimista. Se Robinho aprender a lição, enfim, deixará de lado as comemorações constrangedoras e, então, brasileiros, acho que poderemos nos considerar vitoriosos nessa Copa.
Maradona: com um requebrado só visto no auge do Olodum 
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