O GOLEIRO E O DIVINO
Fernando Henrique é daqueles goleiros cuja provação é diária, mas poucas vezes protagonizou uma lição de vida tão emocionante como na última quinta.
Escanteio mal batido é motivo de alívio para a maior parte dos arqueiros, certo? FH só viu a oportunidade.
Aproveitou que as atenções estavam voltadas para a bola cruzando a área e desferiu um soquinho todo torto no joelho (isso mesmo, joelho) do adversário.
Pênalti! Se não pela agressão, pela falta de habilidade. E o Fluminense sofreu o empate.
Mas Fernando Henrique só percebeu o ponto crítico mais tarde, no primeiro insight da noite.
"E se eu for punido?!". "Ei, me diz aí, gravaram o soco?", perguntou aproveitando-se da relação amistosa entre boleiros e repórters.
"Talvez FH, mas a esta confissão nós estamos bem atentos", poderia ter respondido o jornalista.
Pois é. Mas Fernando Henrique é um guerreiro. Sabia que havia uma chance de apagar o equívoco, teve o segundo insight, e foi à luta.
Instantes para o fim do jogo. Lance perigoso para o Tricolor. FH nem pensou duas vezes: "Grande área, aqui vou eu. Está escrito. Hoje eu salvo meu Fluzão e evito as críticas".
Dito e feito. Ia dominar a bola e levou uma bicuda. Pênalti. Na saída do gramado, esbanjou sabedoria: "Foi Deus".
Certíssimo. Cometer falta sobre o único jogador que só tem a bola nos pés quando prepara-se para cobrar o tiro de meta dentro da área e nos instantes finais da partida, isso nem zagueiro da segunda divisão do gauchão, isso só o divino mesmo.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
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Um comentário:
Parabéns ao FH. Ele merece uma longa carreira.
Warley Morbeck
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