terça-feira, 18 de abril de 2006

Democracia, algo raro no futebol


Ontem, dia 17 de abril, ocorreram as eleições no São Paulo Futebol Clube, o resultado, vitória "tripla" da situação, já foi noticiada pelo "DiLetra", algo muito natural para um clube que foi campeão mundial e da libertadores no último ano e conseguiu os melhores contratos com patrocinadores, se tornando o clube que mais arrecada no país.

Toda essa "propaganda" não é para exaltar a competência da Tricolor do Morumbi, e sim para alertar os grandes clubes brasileiros que se tornaram grandes ditaduras, afinal, se a democracia é saudável para o país, porque não seria para grandes clubes que representam a massa, como o Corinthians, famoso reduto de Alberto Dualib. Essas ditaduras resultam em acomodação, má gestão, e o que é pior, o dinheiro do clube e do seu presidente se tornam um só, como no exemplo de Marcelo Teixeira, presidente do Santos, e quando havera o acerto de contas? O Santos ira falir se as empresas do seu presidente pararem de lucrar?

É esse o fim de grandes dinastias, ou melhor clubes brasileiros? Espero que não.

3 comentários:

LCCancro disse...

Prezado Renato,

O que voce acha da ditaduta Mustafa Contursi, no glorioso Alvi Verde do Parque Antarctica? Foram quase 12 anos de mandato, porém com muitos títulos: 3 Paulistinhas, 2 Brasileiros, 1 Copa Libertadores e vários outros títulos igualmente importantes. Todos eles amparados com o sagrado patrocínio da Multinacional do leite Parmalat.
Acho que a questão é mais profunda. Na minha opinião, hoje em dia, do jeito que o futebol se tornou profissional (até demais), nenhum clube tem condições de sobreviver e vencer sem uma grande parceria, quer no futebol profissional como nas categorias de base.

Marcel Jabbour disse...

O que mais me preocupa são os títulos que essas má administrações conquistam. No Corinthians, por exemplo, Dualib sempre alega competência citando os títulos conquistados pelo clube enquanto ele está no comando.E suas conquistas são, realamente, inegáveis.No Palmeiras com o Mustapha e no Vasco com o Eurico é a mesma história. Essas conquistas acabam maquiando os mandos e desmandos dessas ditaduras que insintem em reinar nosso futebol.E ai mora o perigo já que mesmo que os títulos dão a impressão de que tudo esta sendo feito corretamente.E sabemos que não é assim que acontece.

Renato Sardim disse...

Posso até concordar com seus argumentos, quando se trata do Palmeiras, mas penso que os mesmos argumentos são quebrados quando falamos do São Paulo FC. O time do Morumbi, sem uma parceria nos moldes de Palmeiras-Parmalat ou Corinthians-MSI, consegue conquistas expressivas a cada ano que passa. Como explicar isso?
Acho que a única explicação seria uma maior organização do São Paulo em relação aos seus rivais.