quarta-feira, 16 de agosto de 2006

ANÁLISE



O São Paulo terá uma árdua tarefa hoje, afinal precisa vencer o Inter por 2 gols de diferença para conquistar o título da Libertadores de 2006 sem disputar a prorrogação. Tal dificuldade cresce ainda mais quando nota-se que o colorado perdeu em apenas uma oportunidade dentro de seu territorio, o responsável pela façanha foi o Figueirense.

Quando o tricolor tentou bater a equipe gaúcha no Beira-Rio sofreu 3 gols e voltou para o Morumbi com uma derrota a mais em sua cartilha.

Não é para menos que os paulistas cogitam a hipotese de alterar seu esquema tático, segundo consta Muricy pode optar pelo 4-4-2, neste caso a tendência é que o time abuse de jogadas pelas laterais.

Se optar pela continuidade do 3-5-2 o tricolor ainda tem a tendência a atacar pelos flancos, entretanto ganha opção pelo meio, com os avanços de Mineiro e entradas em diagonal de Souza.

Mineiro, por sinal, ficará sem seu companheiro Josué, desfazendo uma das maiores virtudes do São Paulo, a dupla de volantes titular, em razão disso o camisa 7 deve se desdobrar para realizar a armação da equipe - função compartilhada pelos alas Junior e Souza - e defender no campo de defesa.

A seu lado, a expectativa é que esteja Richarlyson, que não possui a mesma capacidade defensiva de Josué, mas em contrapartida chega ao ataque mais vezes, outra hipótese é a entrada de Ramalho, que normalmente fica preso a frente da zaga.

O críticado Danilo não vem sendo tão importante quanto no início do ano, mesmo assim sua capicidade de decisão pode ser vital para o São Paulo, quando cai pela esquerda, como um terceiro atacante, o meia gera perigo a defesa adversária, nesta Libertadores o Caracas sentiu isso nos dois confrontos que realizou com o clube paulista.

Além disso, o São Paulo conta com os incisivos Leandro e Souza no lado direito, seja juntos ou separados os dois costumam levar o São Paulo a frente abusando de velocidade e talento.

Entretanto é essa caracteristíca que pode garantir o campeonato ao Inter, como já demonstrou na partida de ida, o colorado possui um contra-ataque de respeito, principalmente quando puxado pelo incansável Tinga.

A tendência é que o time do Morumbi não procure uma forma rebuscada de anular tal arma, uma vez que precisando vencer na casa do adversário, o tricolor, provavelmente, não irá focar sua atenção em uma atividade que não esteja ligada com a palavra ataque.

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