OPINIÂO
Por algum motivo ainda sem explicação, nós temos a tendência de, em determinados momentos, nos basear em certas suposições.
Em 1994, por exemplo, os brasileiros concluíram que um intelectual deveria governar o país, oito anos mais tarde, chegou-se a uma tese bem distinta em relação a sua antecessora: o presidente deveria ser um homem provindo das camadas populares.
Atualmente foi possível observar um caso semelhante no Corinthians.
No jogo deste sábado os torcedores da organizada corintiana passaram a ofender Carlos Tévez, o acusando de haver tornado-se mercenário, ou seja de acordo com certos fãs o argentino só se importa com o dinheiro.
A atitude não é inédita, longe disso, em uma sequência de derrotas é comum que um dos jogadores seja chamado de vendido, mercenário e similares, os detratores não se prendem a detalhes significantes, tais como achar verossimilhança na acusação.
Pois bem.
Imaginemos que Tévez de fato alce a questão financeira a primeiro plano, isso não significa que o futebol - e consequentemente o Corinthians - seja jogado para escanteio, afinal a receita do argentino é totalmente dependente do esporte bretão, quão melhor for o desempenho do atacante, mais ele irá ganhar, isso é básico e serve para demonstrar que o pensamento dos torcedores é falacioso.
Os supostos apaixonados pelo alvinegro podem até agravar a situação, pois eleger como culpado o principal atleta do elenco, dono do maior potencial individual do elenco e que a principio não possui ligação direta com o problema, não é a atitude mais recomendada.
O caso é que tais suposições dificilmente tem embasamento e em razão disso sua consequência tende a ser negativa, quem cria as teses não se importa.
Mas deveria.
2 comentários:
Concordo com o cartesianismo do argumento de que quanto melhor jogar, mais valoriza.
Entretanto, nesse caso, a torcida tem razão em reclamar.
O Carlito está parecendo o Felipe na época de Fla e Flu. Jogava quando bem entendia.
É a versão portenha do chinelinho em São Paulo
Está certo,amigo Victor. Eu concordo. Toda vez que o Tevez pede para não jogar nesta ou naquela partida alegando variados motivos que vão desde problemas particulares,doença ou morte na família até mesmo uma proposta "irrecusável" de um clube europeu,asiático ou do Oriente Médio é nítidamente capaz de fazer o argentino esquecer o Corinthians e "trocar de ares" em outro lugar. Quando mais jogos o Corinthians perder mais paciência o Tevez também vai perder. É como dar um tiro no escuro. Confira depois da rodada do fim de semana.
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