domingo, 29 de junho de 2008

BATE-PAPO - ALEMANHA 0x1 ESPANHA

Lopes: Que jogo, Chico!

Chico: Nem me diga, Lopes! Uma final digna para um espetáculo tão bonito. Coroando, de fato, a melhor seleção da competição. Diferentemente do ditado e do estigma que se formou sobre a Espanha, desta vez a Fúria jogou como nunca e ganhou como nunca também!

Lopes: É verdade, Chico. Mas não achei que ia ser assim no começo do jogo. Primeiro porque a ausência do David Villa tirava da Espanha seu grande artilheiro e principal destaque na competição. Além disso, a alemães começaram marcando forte a saída de bola espanhola, obrigando os chutões para frente, com a esperança de que Fernando Torres resolvesse.

Chico: Com certeza. A Alemanha esperava para contra-atacar, mas foram os espanhóis que ameaçaram primeiro. Naquele cruzamento do Capdevilla, que o Metzelder tentou cortar e quase colocou pra dentro. Grande defesa do Lehman.

Lopes: Nessa hora a Fúria já estava melhor. Com um meio campo que desarma e apóia com uma eficiência espantosa, o time do técnico Sérgio Aragonés soube tocar a bola pra abrir brechas na zaga da Alemanha. Quase o Fernando Torres fez 1x0, no cruzamento do Sérgio Ramos!

Chico: Aquele que a bola bateu na trave?! Foi por muito pouco! O gol tava amadurecendo...

Lopes: Odeio esse termo, porque pra mim gol não é abacate, mas tudo bem. Até entendo que mostrava que a Espanha chegava com mais perigo e mereceu o gol que fez.

Chico: Bom lançamento do Xavi. Melhor ainda a arrancada do Fernando Torres, vencendo Lahm na corrida, e dando uma ‘cavadinha’ na saída do Lehman.

Lopes: Golaço. Enquanto ele desequilibrava para os espanhóis, o craque alemão, Ballack, pouco fez, pois era muito bem marcado, principalmente por Marcos Senna. Klose isolado, pouco fazia e Podolsky também não se destacou.

Chico: Por mais que a Alemanha sempre possua uma seleção forte, desde o gol da Espanha tive certeza que não tinha mais volta. A tal da experiência que sempre faltou para os latinos parece ter sido conquistada de vez no jogo de hoje. Até me lembrou a final da Copa do Mundo de 2002. O Brasil parecia saber que não perderia pra Alemanha. Hoje os espanhóis pareciam ter certeza disso.

Lopes: Hum...você tem razão. O segundo tempo foi mais ou menos assim. A Alemanha atacava, mas sem mostrar muito perigo. Em compensação, a Espanha tocava muito bem a bola e saia em velocidade para os contra-ataques. Mesmo precisando atacar, os alemães pouco ameaçaram.

Chico: É mesmo. Tirando um perigoso chute do Ballack, só deu Espanha. Sérgio Ramos de cabeça, Iniesta em dois chutes muito perigosos e Marcos Senna, que quase completou a cabeçada de Güiza. Todos eles poderiam matar o jogo. Mas nem precisou. Trocando passes a Espanha viu o tempo passar e o título, que não vinha desde 1964, chegar. Nada mais justo para a única seleção que não perdeu no torneio.

Lopes: No dia que o Brasil completou 50 anos de seu primeiro título mundial, se livrando do ‘complexo de vira-lata’, a Espanha afasta a fama de morrer na praia.

Nenhum comentário: